Produtores apostam na produção de legumes em estufas no centro-oeste paulista
Pirajuí (SP) tinha o café como a principal fonte de renda, mas, com a queda da produção, os agricultores tiveram que procurar alternativas para sobreviver.

Um cultivo que pode ser feito em qualquer época do ano e que rende colheitas toda semana. O pepino japonês leva pouco tempo para atingir o tamanho ideal de maturação: chega a 25 centímetros em mais ou menos 30 dias.
Na propriedade de Idimar Alberto Mazali, no município de Pirajuí (SP), são pouco mais de dois mil metros quadrados de área plantada. Em época de oscilação de temperatura, o agricultor colhe pepinos dia sim, dia não. No verão, a colheita é diária. A caixa com 20 quilos do legume está valorizada e chega a custar R$ 60 durante o inverno.
Pirajuí tinha, até os anos 90, o café como a principal fonte de renda. Com a queda da produção, os agricultores tiveram que procurar alternativas para sobreviver e a saída foi investir em outros cultivos e de uma forma mais segura para poder colher o ano todo.
Além de Idimar, centenas de agricultores do centro oeste paulista apostaram na produção de legumes em estufas nos últimos anos. O abrigo protege a plantação das mudanças climáticas e dos insetos, além de garantir a qualidade do produto.

Em Pirajuí também já tem gente que planta berinjela em estufa. A colheita deste legume é um pouco mais demorada que o pepino: leva cerca de 80 dias no período de inverno. Os produtores colhem uma vez por semana e a caixa com 10 quilos varia entre R$ 25 e R$ 50. Além do ambiente protegido, os agricultores da cidade também podem contar com o suporte da cooperativa, que tem 450 associados.
Um dos agricultores que se beneficia dos serviços prestados pela cooperativa é Valdir Mucelin. Ele conta que já plantou vários legumes e agora investiu na abobrinha. A primeira plantação está cheia de abobrinhas graúdas, já no ponto de colheita.
Para chegar no ponto, o agricultor explica que pula cedinho da cama para ficar de olho o dia todo e evitar a proliferação de pragas e doenças.
O único inseto que está presente nas plantações são as abelhas, mas, neste caso, elas são fundamentais para fazer a polinização. Na safra de Valdir, se espera colher mais ou menos 400 caixas de abobrinha, que vão abastecer a região de Bauru (SP) e da Grande São Paulo.